O XI Prémio Secil de Engenharia Civil foi atribuído pela Secil e pela Ordem dos Engenheiros a Marisa Ferreira, engenheira responsável pelo projeto de estruturas do Terminal de Cruzeiros de Lisboa. Pela primeira vez, em quase 30 anos de história do Prémio Secil, o galardão reconhecido como o prémio referência de engenharia civil em Portugal, foi atribuído a uma mulher.
“A Secil está grata por poder associar-se a tão inovadora e significativa obra, homenageando a autora do projeto de estrutura, sentindo-se acrescidamente orgulhosa por ser atribuído pela primeira vez a uma mulher”, refere Ricardo Pires, Presidente do Conselho de Administração da Secil.
Marisa Ferreira conta no seu currículo com um conjunto de obras emblemáticas em Portugal, tendo colaborado com alguns dos maiores arquitetos portugueses. Além do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, entre os projetos de maior relevância destacam-se o Museu da Diáspora, o Centro de Congressos de Gaia, o Sines Data Center, as Torres de Oeiras e a Central do Freixo, no Porto, e também alguns projetos noutros países como é o caso do Belgrado Concert Hall e do NUMO Museu, em Santiago do Chile.
“É com imenso orgulho que recebo este prestigiado prémio tido como a maior referência no campo da Engenharia Civil em Portugal. Pela dimensão e particularidade do projeto, esta distinção é resultado do trabalho de uma equipa de Estruturas, que colaboraram na elaboração do projeto”, afirma Marisa Ferreira.
A cerimónia realizada no dia 6 de novembro, no próprio edifício, contou com a presença de Ricardo Pires, Presidente do Conselho de Administração da Secil, Fernando de Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros e do júri, presidido por Carlos Pina.
O júri foi composto pelo Presidente Carlos Pina e pelos membros Humberto Varum, do Colégio de Engenharia Civil, Alexandra Oliveira, do Ministério das infraestruturas e da habitação, Manuel José de Andrade Loureiro Pipa, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Manuel Reis Campos, da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, Nuno Eduardo Ferreira Valente, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e Domingos Silva Matos, da Secil.
Durante a fase de projeto do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa foi identificada a necessidade de recurso a um betão estrutural leve de forma a reduzir o peso da estrutura do edifício sem comprometer a sua resistência. Foi assim utilizado um betão com a resistência pretendida, mas cerca de 40% mais leve que um betão convencional, com a vantagem adicional de representar uma solução mais sustentável com menores impactos ambientais.
“É sempre com grande entusiasmo que nos associamos à Secil na valorização da Engenharia Nacional através da dinamização do Prémio Secil Engenharia Civil. Fazemo-lo sempre com a certeza de estarmos a cumprir um dos objetivos da nossa missão, ou seja, estimular os progressos e desenvolvimentos tecnológicos que caracterizam a atividade dos engenheiros. Este ano, é com redobrada satisfação que participamos na distinção da obra premiada, porquanto, pela primeira vez na história do Prémio Secil, será atribuído a uma mulher. Está de parabéns a Secil por mais uma edição deste prestigiado Prémio que demonstra bem a vitalidade e qualidade da Engenharia nacional”, refere Fernando de Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros.
Atualmente concessionado à LCT Lisbon Cruise Terminal, a obra tem como dono a Administração do Porto de Lisboa (APL), o projeto de arquitetura é da responsabilidade do arquiteto João Luís Carrilho da Graça e a construção ficou a cargo da empresa Alves Ribeiro com fiscalização do Focus Group.
Sobre a Secil
A Secil é um grupo empresarial fundado em Portugal que assenta a sua atividade na produção e comercialização de cimento, betão, agregados, argamassas e cal hidráulica. Também integra uma empresa que opera em áreas complementares na economia circular, na utilização de resíduos como fonte de energia.
O Grupo Secil consolidou-se em Portugal, de onde é originário, e expandiu-se nas últimas duas décadas para outros mercados. Atualmente opera três fábricas de cimento em Portugal (Outão, Maceira e Pataias) e está presente no exterior em Angola, na Tunísia, no Líbano, em Cabo Verde, em Espanha, na Holanda e no Brasil.
Através destas oito fábricas de cimento e da presença em oito países e quatro continentes, o Grupo Secil garante uma capacidade anual de produção de cimento superior a 9,75 milhões de toneladas.
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