Maria Ressa é uma jornalista filipina e fundadora do site de notícias Rappler, que cobre política, economia, justiça e outros assuntos relacionados às Filipinas. É conhecida pelo jornalismo que defende, acima de tudo, o compromisso com a liberdade de imprensa, num país onde os media independente enfrentam ameaças constantes. Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz em 2021.
Ressa nasceu em 2 de outubro de 1963 em Manila, nas Filipinas, e cresceu numa família que valorizava a educação e a justiça social. O pai, cirurgião de profissão, inspirou-a a estudar Medicina, mas ela decidiu seguir pelo jornalismo – formada pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Depois, trabalhou como jornalista em vários meios de comunicação como CNN e a ABS-CBN News.
Em 2012, Ressa fundou o Rappler, um site de notícias online que se tornou rapidamente uma das principais fontes de informação sobre as Filipinas. O Rappler destaca-se pela sua cobertura abrangente e por não se poupar nas críticas sobre questões políticas e sociais no país, bem como por suas reportagens de investigação.
As informações qie nos chegam é de que a liberdade de imprensa nas Filipinas tem sido ameaçada pelo Governo do ex-presidente Rodrigo Duterte, que lançou uma campanha de repressão contra jornalistas, ativistas e outros críticos de seu Governo, como foi o caso de Maria Ressa e do site Rappler.
Em 2018, Maria Ressa foi presa por acusações de difamação em relação a um artigo publicado no Rappler sobre um empresário filipino. Ela foi libertada sob fiança, mas enfrenta uma longa batalha judicial para provar sua inocência. Em 2020, Ressa foi condenada por “ciberdifamação” em outro caso relacionado ao Rappler. A condenação foi amplamente criticada por organizações de Direitos Humanos e por governos estrangeiros, que a viram como uma tentativa de silenciar os media independentes.
Apesar das ameaças e da perseguição, Ressa continua a defender a liberdade de imprensa e a importância do jornalismo para uma democracia saudável. Em 2018, ela foi nomeada Pessoa do Ano pela revista Time, juntamente com outros jornalistas que enfrentam ameaças semelhantes em todo o mundo. No seu discurso, Ressa disse: “Acredito que a verdade será a nossa arma mais forte, não apenas para nós jornalistas, mas para a sociedade em geral”. E em 2021, foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz.
A história de Maria Ressa é um lembrete poderoso da importância do jornalismo independente e da liberdade de imprensa em todo o mundo. A sua coragem e determinação são uma inspiração para outros jornalistas e defensores da liberdade de expressão em países onde a imprensa livre é ameaçada.