Os Prémios Dona Antónia são dedicados a mulheres portuguesas de exceção. Homenageando o legado deixado por Dona Antónia, premeiam as mulheres que se distinguem pelo seu lado A(ntónia), isto é, o seu lado humanista, empreendedor, lutador e, sobretudo, inspirador. Duas mulheres foram merecedoras dos Prémios Consagração de Carreira e Revelação da 36ª edição do Prémio Dona Antónia, referente ao ano de 2023.
Cândida Pinto, uma referência nacional e internacional do jornalismo e repórter singular, foi distinguida com o Prémio Consagração de Carreira. Já Maria Nunes Pereira, investigadora na área da saúde, reconhecida pelas suas premiadas contribuições em tecnologias disruptivas para a reconstrução de tecidos de órgãos humanos, recebeu o Prémio Revelação. O percurso destas duas mulheres permitiu-lhes juntar-se assim ao leque de mulheres “Ferreirinha”, cujo lado A(ntónia) é prova do tanto que merecem.
“Alinhado com o pilar que tem como objetivo inspirar vidas mais felizes e mais responsáveis, do Seed The Future – Programa Global de Sustentabilidade da Sogrape, os Prémios Dona Antónia regressam para a sua 36ª edição, para reforçar o nosso compromisso com o empoderamento de mulheres, inspirando-as a exercer um impacto positivo na sociedade e a contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal”, refere Raquel Seabra, Administradora Executiva da Sogrape.
“Queremos que o exemplo de Dona Antónia seja o motor para que mais mulheres, em Portugal, avancem à frente do seu tempo, desbravando caminho nas mais variadas áreas do saber e nas mais diversas indústrias. Que inspiradas pela paixão e sentido de dever desta figura incontornável do Douro e do nosso país, se assumam como exemplos a seguir para as gerações vindouras”, acrescenta a responsável.
PRÉMIO CONSAGRAÇÃO DE CARREIRA
No Prémio Consagração de Carreira, a grande vencedora deste ano foi Cândida Pinto, cujo percurso no campo da comunicação tem vindo a marcar a sociedade ao longos dos anos, que a reconhece como uma referência do jornalismo. Cândida Pinto começou pela rádio, depois passou para a televisão, fez parte do grupo fundador da SIC, exerceu cargos de direção, tanto neste canal, como na RTP, e foi enviada especial para países como Timor-Leste, Iraque e Ucrânia, levando-a a receber vários prémios de jornalismo nacionais e internacionais. Este legado, que tem vindo a deixar e inspirar, faz com que tenha sido considerada uma mulher à frente do seu tempo, com uma carreira singular que merece ser distinguida e tida como exemplar.
PRÉMIO REVELAÇÃO
No Prémio Revelação, venceu Maria Nunes Pereira, investigadora na área da saúde que tem vindo a contribuir e a acrescentar valor junto de tecnologias disruptivas, que visam a reconstrução de tecidos dos órgãos humanos. Premiada nesta área de especialidade, é reconhecida pela MIT Technology Review como uma das 35 mulheres inovadoras com menos de 35 anos, e pela Forbes na lista global de 30 under 30 em Healthcare. Este reconhecimento, que contempla e enaltece o carácter inovador da investigadora, conferem-lhe este prémio, referente ao ano de 2023.
Estes dois prémios, entregues anualmente, são determinados por um júri autónomo, presidido por Artur Santos Silva. O Prémio Consagração de Carreira homenageia um percurso de vida consolidado e merecedor de reconhecimento público, enquanto o Prémio Revelação procura enaltecer uma carreira de relevância em fase de afirmação e desenvolvimento.
Os dois prémios atribuídos reconhecem o lado A(ntónia) de ambas as vencedoras, que pode ser conhecido, com todos os seus sucessos, desafios e ambições, nos vídeos disponíveis aqui.
Sobre Dona Antónia Adelaide Ferreira
Dois séculos depois do nascimento de Dona Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), evocar esta figura ímpar da história do Douro Vinhateiro é prestar uma justa homenagem a uma mulher que se tornou um símbolo não só do empreendedorismo e da viticultura duriense, mas também um exemplo maior do altruísmo e da generosidade para com os mais necessitados, contribuindo para o desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal.
Na sua figura se conjugavam o espírito empreendedor, as qualidades de gestão empresarial, o sentido de serviço e uma sensibilidade social em avanço sobre o seu tempo. Não só conseguiu consolidar e ampliar a casa herdada de seu pai, como realizar o árduo objetivo de transformar zonas do Douro, até então agrestes e quase desertas, em terras produtoras de vinhos predestinados a alcançarem fama e prestígio internacional. Mas não ficou por aí. Promoveu a construção do Hospital da Régua, subsidiou largamente os Hospitais de Vila Real, Lamego e Moncorvo, criou as Caldas de Moledo, fomentou a instalação de creches e de escolas.
A sua inteligência, o seu carácter e a sua bondade granjearam-lhe o respeito e a admiração dos seus contemporâneos que, como ainda hoje sucede, passaram afetuosamente a tratá-la por a “Ferreirinha”. Pareceu por isso aos promotores da criação deste Prémio, e assim se tem mantido até ao presente, que uma das melhores formas de homenagear e perpetuar a obra e a recordação da “Ferreirinha” seria a de distinguir e galardoar anualmente mulheres que tenham demonstrado excecional identificação com os valores e algumas das características pessoais de Dona Antónia.
Conheça mais informação sobre os Prémios Dona Antónia e antigas premiadas na página.
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