És fã de séries, onde as protagonistas são mulheres? A escolha não foi fácil, mas selecionei 11 Séries com Mulheres em Destaque. Qual a tua preferida? Sejam elas heroínas, lutadoras, frustradas, apaixonadas, ganhadoras, perdedoras, loucas, solidárias, compradoras compulsivas, poupadas, estudantes, profissionais, empreendedoras, empresárias, polícias, ladrões, mães, filhas, amigas, amantes… elas ocupam os papéis principais nestas séries. Já viste alguma delas? Deixa-nos as tuas sugestões nos comentários.
- Também temos aqui uma seleção de Filmes, séries e documentários… que representam o feminismo.
Por: Cataria Cunha*
1 – Good Girls /As Boas Raparigas
A “Good Girls”, em português “As Boas Raparigas”, é uma série norte-americana que pode ser assistida na Netflix e é classificada como sendo uma comédia dramática de crime. É uma série entusiasmante que tem como protagonistas três mulheres. Mais precisamente três mães: Christina Hendriks, como Beth Boland; Mae Whithmond, como Anny Marks; e Retta como Rubby Hill. Beth e Anny são irmãs com personalidades bastante diferentes e com opiniões quase sempre desencontradas e Ruby é a apaziguadora do grupo.
O enredo da série anda à volta destas três mães que, até ao momento sempre se mostraram ser as mais cumpridoras da lei possível, no entanto, as circunstâncias acabam por mudar e as três vêem-se encurraladas com vários problemas financeiros. Assim, decidem em conjunto que a solução para os mesmos passaria por assaltarem um supermercado local. A trama não fica de todo por aqui. Quando percebem que o dinheiro roubado faria parte de todo um esquema bastante maior que as próprias e se vêem metidas num enorme sarilho.
A partir deste momento, a série fica super viciante e tal é prova disso que “Good Girls” já vai na sua terceira temporada e a contar. Simplesmente perfeita para a companhia desta quarentena.
2 – Greys Anatomy / Anatomia de Grey
“Greys Anatomy”, em português “Anatomia de Grey” é uma a badalada e icónica série médica que teve estreia no dia 27 de março de 2005 e arrebatou dezenas de corações ao longo dos anos. Neste momento, a série já vai na 17ª temporada, que estreou em 2020, e trouxe diversas discussões sobre igualdade de direitos das mulheres, para a vida real.
A série acompanha o percurso de vida e carreira médica de Meredith Grey (Ellen Pompeyo) que é a personagem central da série e o seu par romântico com Derek Sheperd, famoso neurocirurgião, interpretado por Patrick Dempsey.
Entre muitas outras coisas, a série mostra vários dramas românticos de Meredith e dos seus colegas de turma durante o estágio médico. Mostra também várias decisões médicas e histórias marcantes com comédia à mistura. Se ainda não viram esta é a oportunidade!
3 – Private Practice / Clínica Privada
“Private Practice”, em português “Clínica Privada”, é um spin-off de Anatomia de Grey, estrangeirismo que usamos para definir quando uma serie provém de outra.
No caso de Clínica Privada a personagem principal é Adisson Montgomery, ex-mulher de Derek Sheperd, coprotagonista em Anatomia de Grey. Adisson procura fugir do triângulo amoroso com Meredith e acaba por se mudar para LA (Los Angeles) e abrir a sua própria clínica médica.
Para ver esta série não é necessário ter visto a Anatomia Grey. É só necessário deixar-se deslumbrar por dramas médicos entusiasmantes e uma mulher forte e empoderada, que decide tomar o rumo da sua vida.
4 – Queens Gambit / Gambito da Dama
“Queens Gambit”, em português “Gambito da Dama” é uma minissérie da Netflix com apenas uma temporada e sete episódios que estreou em 2020 e vicia logo no primeiro episódio.
A série começa no ano de 1950, prosseguindo até a década de 1960, seguindo a a vida de Beth Harmon (Anya Taylor Joy) uma órfã que se torna num prodígio do xadrez. Durante o seu percurso, Beth lida com várias dependências e questões emocionais.
O “Gambito da Rainha” é especial pois aborda questões como a saúde mental e a luta contra dependências, como o álcool e as drogas, e de uma forma bonita mostra o que é (e era) ser mulher num mundo de homens. IMDb
5 – A Coisa Mais Linda
“A Coisa Mais Linda” é uma série brasileira passada em 1950 que pode ser assistida na Netflix e tem até agora 2 temporadas. É uma das séries mais recentes que aborda o empoderamento feminino a vários níveis e a violência doméstica.
O enredo da série gira à volta de Malu, interpretada pela atriz Maria Casadevall, que se muda para S. Paulo, com o marido, para abrir um restaurante. As coisas não correm da maneira que esperavam e aí começa a jornada de Malu pela descoberta do seu novo Eu, com a ajuda de várias outras mulheres. Uma série impactante e com um final de cortar a respiração. “O ano é 1959, tocam-se os primeiros acordes da Bossa Nova, e o Rio de Janeiro é o lugar onde todo mundo quer estar”.
6 – Bridgerton
Bridgerton é uma minissérie americana de época, produzida por Shonda Rihmes (a mesma produtora de Anatomia de Grey), e inspirada nos vários romances escritos por Julia Quinn. Está disponível na Netflix.
A trama da série giraàa volta de Phoebe Dynevor, que interpreta a personagem Daphne Bridgerton, e Regé-Jean Page que interpreta Simon Basset. Retrata a corrida das mulheres para arranjarem o melhor marido possível e só a partir daí começa a sua vida, enquanto esposas e eventualmente enquanto mães, mas não enquanto mulheres singulares e isso parece não agradar a todas. Umas desejam casar por amor, outras para salvar a família da miséria e outras para esconderem a barriga e pouparem as famílias da desonra, a verdadeira corrida.
Pode-se dizer que o retrato de época não é especialmente bem conseguido, mas tal foi feito propositadamente. Shonda Rihmes mistura negros com brancos quando isso era impensável na altura, coloca desportos que não existiam na época, mas na verdade esse não é o foco da série e isso é o que a torna especial. A não perder.
7 – How to Get Away With Murder / Como Defender um Assassino
“How to get away with murder” ou como Annalise Keating (personagem principal) gosta de chamar “Como Defender um Assassino”. Annalise Keating, interpretada por Viola Davis, é uma conceituada professora de Direito na Universidade de Filadélfia que, todos os anos, dá a oportunidade a cinco alunos para estagiarem na sua firma de advogados. Toda a trama gira à volta de Annalise e os cinco estagiários que se vêem envolvidos num assassinato, vários desaparecimentos e situações bizarras. Mass será que Annalise tem o que é preciso para defender um assassino? Ou ensinar a defender vários assassinos? Têm mesmo que ver a série.
Neste momento, a série tem um total de 6 temporadas e é importante referir que Viola Davis foi a primeira mulher afro-americana a ganhar um “Emmy Award” para Melhor Atriz de série dramática! Girls rock!
8 – Emily in Paris / Emily em Paris
“Emily in Paris”, ou em português “Emily em Paris, é uma série de comédia, leve, engraçada e espirituosa em que, mais uma vez, a personagem principal é uma jovem mulher: Emily Cooper, representada por Lily Colins, que fez um ótimo trabalho na personagem.
Emily Cooper é uma jovem acabada de sair da faculdade e com o sonho de vingar no mundo do Marketing. A trama começa quando Emily recebe uma proposta irrecusável para estagiar numa grande empresa de publicidade em França! Entre todas as aventuras amorosas, amizades improváveis e o mau feitio dos seus novos colegas de trabalho Emily mostra-se bastante capaz de o exercer utilizando as maiores ferramentas dos tempos modernos: as redes sociais. Imperdível.
9 – Outlander / A viajante no Tempo
“Outlander”, em português “A viajante no tempo” é uma série histórica de romance norte-americana que retrata a vida da enfermeira Claire Randall (Caitriona Balfe), do século XX, que viaja no tempo e acaba por ir parar à Escócia do século XVIII. Claire tenta de tudo para voltar para casa, para o seu marido Frank Randall (Tobias Menzies), porém sem sucesso. E durante o tempo que passa, no passado da Escócia, conhece James Fraser (Sam Heughan) e vê-se encurralada entre dois amores e divida entre duas vidas, em dois séculos diferentes.
A magia desta série gira à volta de todo o romance e decisões tomadas, que podem mudar para sempre a ordem e os próprios acontecimentos da História, tal como a conhecemos.
10 – Gossip Girl
“Gossip Girl” é aquela típica série americana, de drama adolescente, que deu o “mote” para todas as outras séries do mesmo género. A série anda a volta de Sabrina Van der Woodeson e Blair Woldorf, duas adolescentes privilegiadas que estudam em escolas de élite no Upper East Side de Manhattan, em Nova Iorque . A sua vida é narrada através de um blogue escrito pela própria “Gossip Girl” que, em português, significa algo como “a fofoqueira”. Os posts de “gossip girl” passam por descrever a vida destas duas jovens e todo o seu rol de amigos, os seus dramas amorosos, crises existenciais, problemas familiares, segredos e triângulos de todo o tipo.
A série prende-nos muito devido a todo o mistério que existe por detrás da pessoa que revela todos estes segredos, nas piores alturas possíveis. Claramente, para ter acesso a toda esta informação “gossip girl” teria de estar dentro do grupo, mas quem será afinal o/a traidor/a?
11 – Sweet Magnolias
Por último, mas não menos importante, “Sweet Magnolias” é uma série bem leve e curtinha que nos deixa com o coração bem quente.
Maddie Townsend (Joanna Garcia) é uma mulher de meia idade que viveu um casamento de sonho, teve três filhos e deixou de trabalhar para cuidar deles. Maddie vê-se traída e obrigada a começar tudo de novo, a divorciar-se, a começar a trabalhar outra vez e o mais importante, a aprender a amar-se primeiro. Mal sabia que a sua vida estava a começar.
Maddie acompanha-se de duas amigas que são a chave para o começo da sua superação: Dana Sue Sullivan (Brooke Elliott), cozinheira chefe do seu próprio restaurante e mãe solteira; e Helen Decatur (Heather Headley) uma advogada de sucesso, sem filhos, mas com um desejo imenso de ser mãe, e juntas criam o projeto dos seus sonhos o “Sweet Magnolias Hotel”.
*Quem escreveu este texto?
*Catarina Cunha, 22 anos, de Vila de Nova de Gaia. Estudei Serviço Social na Universidade Lusófona do Porto. Escolhi Serviço Social porque sou muito dada a causas e à luta por elas. Se tivesse que escolher duas qualidades minhas descrevia-me como uma pessoa empática e persistente. Atualmente, trabalho como operadora de Call Center para uma empresa de telecomunicações. Sou apaixonada por televisão, séries, podcasts e grande parte do conteúdo digital. O meu guilty pleasure é, sem dúvida, o Instagram.
