Harriet Tubman é uma das figuras mais emblemáticas da história norte-americana, pois não só se tornou livre como ajudou muitos outros escravos a fugirem e, mais tarde, lutou ainda pelo direito de voto feminino.
O seu nome era Araminta “Minty” Ross, antes de se casar, e a sua data de nascimento é incerta, estimando-se que terá sido entre 1820/1822 (em Maryland) e a sua origem africana é também desconhecida.
Em adolescente, o seu “proprietário” acertou-lhe com um pesado metal causando-lhe lesões cerebrais para sempre. As consequências desta agressão foram alucinações, por ela interpretadas como visões e símbolos divinos, tornando-se extremamente religiosa.
Ainda jovem casou com John Tubman, um escravo livre, cujo estatuto não mudava a condição de Harriet. Então, tentou fugir com os irmãos. Estes, com medo das represálias, decidiram voltar, e ela com eles regressou.
Mais tarde, tentou fugir de novo mas desta feita com a ajuda da Underground Railroad – rotas clandestinas e lugares seguros construídos por ex-escravos para auxiliar outros a escaparem. E, assim, conseguiu libertar-se e refugiar-se em Pensilvânia. Ainda regressou 13 vezes à sua antiga plantação para salvar membros da sua família e, pelo caminho, libertaria mais 70 escravos e inspiraria uma geração.
Durante a Guerra Civil, já como uma mulher livre, trabalhou como enfermeira, batedora e espiã e tornou-se na primeira mulher a liderar uma expedição armada nos territórios da Confederação.
Harriet lutou ainda pelo sufrágio feminino e construiu a Casa Tubman para Negros Idosos e Indigentes, nunca abdicando do seu activismo até a sua morte, por pneumonia, em 1913.