Gloria Steinem é uma das figuras mais conhecidas do movimento feminista dos anos 60 sendo ainda hoje, com 86 anos, uma força preponderante pela igualdade dos direitos.
Nasceu em Ohio, nos Estados Unidos, e aos 20 anos – depois de se licenciar na área da política – partiu numa viagem para a Índia para compreender a resistência não violenta defendida por Gandhi. Depois disso, a sua vida foi dedicada a melhorar a vida de todos aqueles que viam os seus direitos fundamentais negados, marcando presença em momentos históricos, como o discurso de Martin Luther King, em Washigton.
O jornalismo foi a sua plataforma para começar a desbravar caminho e falar em assuntos considerados tabu – muitos deles, ainda hoje o são.
Foi em Nova Iorque que a sua carreira começou, tendo chamado a atenção com o seu artigo “I was a Playboy Bunny”. Para o escrever, infiltrou-se como empregada na mansão da Playboy de Hugh Hefner, relatando o ambiente degradante ao qual eram submetidas. Depois disso, o seu foco foi a política, num meio predominante masculino e machista.
Foi em 1968, que o seu envolvimento no feminismo aumentou, após interagir com o grupo feminista Redstockings. Uns anos mais tarde, co-fundou o National Women’s Political Caucus, para envolver mais mulheres na política, criando plataformas e apoios e dando visibilidade à causa.
O passo seguinte foi criar a revista Ms. em 1971, com outras ativista, falando sobre temas controversos como o aborto, mesmo antes da descriminalização. O nome da revista reflete o diferente tratamento das mulheres sendo casadas ou solteiras, Mrs ou Miss, respetivamente. No caso dos homens, o tratamento é sempre o mesmo, Mr.. Desde subtilezas a temas desconfortáveis e necessários, esta revista marcou uma nova era nos Estados Unidos.
Steinem sabia que feminismo não poderia ser heteronormativo e apenas para mulheres brancas. Se todas não fossem abrangidas, nenhuma teria sucesso de verdade, incluindo os direitos civis na sua luta. Participou na Conferência Nacional das Mulheres de 1977, defendo as minorias, como as mulheres native-americans e afro-americans.
Pode saber mais sobre a ativista no seu livro “Minha Vida na Estrada” (veja mais sugestões de livros feministas) ou no filme protagonizado por Julianne Moore “The Glorias” – veja mais sugestões de filmes.