5 a 27 de Abril 2023: Abril no Feminino, em Coimbra

Abril no Feminino - Coimbra 2023

A 3ª Edição do “Abril no Feminino” vai decorrer entre os dias 5 e 27 de Abril, na cidade de Coimbra, em 5 espaços emblemáticos: Convento de São Francisco, Seminário Maior de Coimbra, Casa da Escrita, Museu Nacional de Machado de Castro e Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. O evento vai continuar a promover uma programação plural e inclusiva focada essencialmente nas mulheres, através do Teatro, Cinema, Arte, Literatura, Poesia, Fotografia e Gastronomia.

Segundo Margarida Mendes Silva, produtora e autora do projecto, “o tempo de hoje, para muitas mulheres, neste violento e conturbado mundo, é ainda de “reclusão em céu aberto”. Conhecidas e anónimas fizeram a diferença e foram determinantes para a mudança, como lembra a presente edição. Mas há muito ainda a fazer. Não deixemos o futuro de lado.”

DESTAQUES DA 3ª EDIÇÃO

Num total de 9 actividades a percorrer o mês de Abril, os destaques são: a evocação de Maria Lamas e a sua obra, “As Mulheres do meu País”; o centenário de Natália Correia e o 49º aniversário do 25 de Abril.

A obra de Maria Lamas, figura cimeira do activismo político, será revisitada, setenta e cinco anos depois da sua publicação, pela escritora e jornalista Susana Moreira Marques e pela cineasta Marta Pessoa.

No centenário de Natália Correia, a sessão programada irá recordar a personalidade marcante e singular na sociedade portuguesa contemporânea, através do recital conduzido pelas actrizes Helena Faria e Teresa Faria.

O 49º aniversário do 25 de Abril será o motivo para dar voz às mulheres que lutaram pela liberdade em tempos de ditadura, com Joana Brandão.

A instalação “As Penélopes”, pela equipa Bairro dos Livros, as fotografias de Bárbara Marques, a conversa com Olga Cavaleiro e a palestra de Pedro Miguel Ferrão, completam o programa.

Abril no Feminino - Coimbra 2023
Abril no Feminino – Coimbra 2023

PROGRAMA COMPLETO DE “ABRIL NO FEMININO 2023” – 5 A 27 DE ABRIL

EXPOSIÇÃO
5 de Abril Quarta
Uma couve acaso tem beleza?
de Bárbara Marques

Bárbara Marques descobriu o admirável mundo novo dos vegetais. Através da arte fotográfica, quis realçar a sua beleza e engrandecer a importância do lugar dos vegetais na nossa vida, para além da alimentação. Uma forma de elogiar os produtos da mãe natureza, que nos chegam pela mão dos agricultores, mas também de promover a importância da alimentação cuidada e saudável numa linguagem acessível.
“Afinal o que são para nós os vegetais? Serão apenas alimentos ricos em fibra, essenciais na digestão e que nos fornecem vitaminas e minerais? Ou seres nutridos de cores e formas únicas e singulares com espaço próprio no nosso quoLdiano?”, pergunta a fotógrafa. As imagens que nos apresenta oferecem a resposta, através do seu pensamento e do seu olhar.

Museu Nacional de Machado de Castro
18h00 Inauguração*
* 16h00 Mostra produtos hortícolas e arranjos florais com vegetais e frutas
Até 28 de Maio
10h00-18h00 | Terça a Domingo
Entrada livre

Como Flores
Fascinante a nova realidade em que tudo nos pode chegar a casa. Até os produtos da praça!
No período de confinamento, recentemente vivido, estar em casa reforçou a importância da alimentação. De repente dei por mim a ter novos senLmentos sobre a alimentação.
Num exercício fotográfico com modelos fascinantes, encontrei espinafres com um tom clássico e sábio, tomates requintados, a salsa que é uma festa e o mágico reflexo da alface. Vi vegetais elegantes e outros com o seu lado sombrio. Há até o lado sol numa abóbora ou as rugas intensas de um pimento que ficou esquecido. O feijão verde que tem um ar despenteado e as curvas fascinantes de uma meloa, a fragilidade de uma batata ou a elegância das couves num bouquet..
Dei por mim a descobrir o admirável mundo novo dos vegetais e a dar o meu contributo através da arte fotográfica de realçar a sua beleza e engrandecer a importância do lugar dos vegetais na nossa vida, para além da alimentação.
Elogiar os legumes na vida de cada um, quer como alimento quer como produto da mãe natureza. Prestar homenagem a esta natureza que pela mão dos agricultores nos chega. Por outro lado, promover a importância da alimentação cuidada e saudável numa linguagem acessível a todo o público em geral.

Com o projecto pretendo, através de um conjunto de fotografias mostrar um outro olhar sobre os vegetais, um olhar fotográfico actual, contribuindo para a conLnuidade da disLnção da importância dos vegetais e horacolas como excepcionais modelos de inspiração arasLca e de ementa saudável da vida quoLdiana.
A fotografia como veículo de expressão de pensamento e do olhar:
Afinal o que são para nós os vegetais? Serão apenas alimentos ricos em fibra, essenciais na digestão e que nos fornecem vitaminas e minerais? Repugnados por uns e amados por outros? Ou seres nutridos de cores e formas únicas e singulares com espaço próprio no nosso quoLdiano?

Bárbara Marques
Bárbara Costa Marques, nascida em Lisboa em Abril de 1975 e a residir em Peniche.
O curso de fotografia no Ar.Co, em Lisboa, foi o arranque da consolidação do seu interesse pela fotografia. ConLnuou os estudos fotográficos, parLcipando em diversos cursos e workshops de fotografia dedicada e no Cenjor. Frequentou um curso Master em Fotografia em Madrid, EFTI. Desde 2000 que apresenta os seus trabalhos tanto em exposições individuais como coleLvas. Profissionalmente, já colaborou em revistas, editoras e estúdios fotográficos.
Até ao final de 2021, a par do trabalho como fotógrafa independente, é responsável pela gestão de projetos de comunicação de cultura, experiência obLda da gestão de projetos de I&D nos ENP, exercendo gestão, licenciatura que concluiu em simultâneo com o curso de fotografia.

Exposições Individuais:
2023: Uma couve acaso tem beleza? Museu Nacional Machado de Castro. Coimbra. 2022: Uma couve acaso tem beleza? Atmosfera m. Porto.
2009: Relax.arte. Oeiras.
2008: Corpos em Movimento. Edincio sede da Caixa Crédito Agrícola Mútuo. Lisboa. 2004: Recantos de Portugal. Centro Cultural do Sardoal.
2002: Arga – um momento, três olhares. AnLgos Paços do Concelho, Viana do Castelo. O anLgo ainda vivo. Posto de turismo de Marvão.
O anLgo ainda vivo. Centro de Interpretação da Serra de S. Mamede, Castelo de Vide. 2000: Estudo sobre uma árvore e movimentos do corpo, corpos em movimento. Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, Lisboa.

Exposições ColecUvas:
2023: A Arte no Feminino, colecLva de arte contemporânea. Atmosfera m. Lisboa. 2022: Arte na Leira, colecLva de arte contemporânea. Serra D’Arga, Caminha. 2021: Arte na Leira, colecLva de arte contemporânea. Serra D’Arga, Caminha.
Da Leira Para a Bouça, colecLva de arte contemporânea. Solar das Bouças, Amares.
2019: Raízes de Mar, ColeLva de fotografia. Bombeiros Voluntários de Peniche.
2012: Raízes de Mar. ColecLva de fotografia. Escola Naval, Almada.
2011: Instante a Instante no Movimento da Vida, fotografia, pintura e vinil. Junta de freguesia de Carnide, Lisboa.
Raízes de Mar, ColeLva de fotografia. Salão Nobre da Fortaleza de Peniche.
2007: Mulher Verde Mãe, pintura e fotografia. Centro Cultural Gil Vicente, Sardoal.
2006: Mulher Verde Mãe, pintura e fotografia. Veiros, Estremoz.
2005: Mulher Verde Mãe, pintura e fotografia. Centro Cultural e de Desporto do Ministério das Finanças, Lisboa.
2003: Feria de San Bartolomé, Valencia de Alcantara, Espanha.
2002: Arte na Leira, colecLva cerâmica, pintura e fotografia. Serra D’Arga, Caminha.
2001: Arte na Leira, colecLva cerâmica, pintura e fotografia. Serra D’Arga, Caminha.
Instagram: @barbaracostamarques

hvps://vimeo.com/529062082?ref=y- share&yclid=IwAR0aHc9HHl4KWmPaL34pC30b5no36TnPb6fzbsMQz_8mTy24T1vgjE1K iJw

SERVIÇO EDUCATIVO/PALESTRA
13 de Abril Quinta 17h00 (repete 16 Domingo 11h00)
Da vida dos vegetais. Uma história da natureza-morta
com Pedro Miguel Ferrão

Considerado um género menor pela academia de pintura do séc. XVII – curiosamente na mesma época em que alcança o seu maior esplendor –, a natureza-morta aLngiu, por vezes, uma dimensão complexa e mulLfacetada. Este género de pintura aborda temas muito diversificados, elegendo objetos produzidos pelo engenho humano, combinados ou não com modelos inanimados do mundo animal, mineral e vegetal – destacando-se deste úlLmo grupo os moLvos que reproduzem flores, frutos e produtos horacolas.
Esta comunicação foi pensada em arLculação com a exposição de fotografia de Bárbara Marques.

Museu Nacional de Machado de Castro
Entrada livre sujeita à lotação da sala
Inscrição prévia para se@mnmc.dgpc.pt 239 853 070

Num jogo que, ora ilude a realidade, ora explicita a aparência dos objectos ou que, pelo contrário, procura ocultar subLlmente o significado de símbolos e alegorias nem sempre fáceis de descodificar, a natureza-morta – cuja definição varia entre “modelo inanimado” ou “natureza imóvel” – transmite um senLdo estéLco próprio no campo arasLco, ao mesmo tempo que contribuiu como documento para a compreensão de importantes transformações na História da Humanidade.
Considerado um género menor pela academia de pintura do séc. XVII – curiosamente na mesma época em que alcança o seu maior esplendor –, a natureza-morta aLngiu, por vezes, uma dimensão complexa e mulLfacetada. Este género de pintura aborda temas muito diversificados, elegendo objectos produzidos pelo engenho humano, combinados ou não com modelos inanimados do mundo animal, mineral e vegetal – destacando-se deste último grupo os moLvos que reproduzem flores, frutos e produtos hortícolas.

Pedro Miguel Ferrão nasceu em Coimbra em 1965. Concluiu a licenciatura em História – variante de História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi membro do Secretariado do Núcleo Português da Exposição Feitorias. Arte Portuguesa na Época dos Descobrimentos, Europália/91. Entre 1991-1993 colaborou no semanário Jornal de Coimbra. Foi professor em escolas e cursos técnico- profissionais, leccionando cadeiras nas áreas da História da Arte, Património Cultural e Museologia. Professor convidado em 2002 do curso de História da Arte, da Universidade do Tempo Livre – Associação Nacional de Apoio ao Idoso (ANAI).
De 1991 a 1999 fez parte da Equipa Nacional do Inventário do Património Cultural Móvel, colaborando no estudo das colecções de ourivesaria e têxteis do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC), dos acervos patrimoniais dos Arciprestados de Anadia e de Vila Nova de Foz Côa, e ainda do Governo Civil do Distrito de Coimbra. Desde 1999 é Técnico Superior de Museologia do quadro de pessoal do MNMC, sendo co-responsável pelas colecções de ourivesaria, metais, têxteis e escultura. Apresentou diversas comunicações e publicou vários livros e arLgos em revistas e catálogos, dos quais salientamos:
“A construção da Casa da Livraria das Universidade de Coimbra”, 1993; “Misericórdia de Coimbra – Devoção e Arte”, 2000; Ourivesaria Medieval. Séculos XII a XV. A Colecção do Museu Nacional de Machado de Castro, 2004; “Colecção de Escultura”, Museu da Guarda. Roteiro, 2004; “Coimbra Medieval e a Arte da Ourivesaria”, 2004; Museu Nacional de Machado de Castro. Roteiro, 2005; Normas de Inventário. Arte. Ourivesaria, 2011; Manuel Jardim – Memórias de um percurso inacabado. 1884-1923, 2013; Diálogos em pedra – da matéria-prima à obra de arte. Séculos XII-XVIII, 2013; “O clero secular e a ourivesaria da Sé de Coimbra entre os séculos XIV-XVI”, 2014.

CONVERSA
Apresentação do livro
Lenços pretos, chapéus de palha e brincos de ouro
de Susana Moreira Marques
14 de Abril Sexta 18h30 Moderação de João Gobern

Lenços pretos, chapéus de palha e brincos de ouro é um livro múltiplo:
Um relato de viagem que tem como guia As mulheres do meu país, escrito no final dos anos 1940 por Maria Lamas, figura de proa do activismo político em Portugal.
Um ensaio sobre os textos que as mulheres não escreveram e as vidas que elas não viveram, e que poderiam ter mudado a visão da História.
A narrativa autobiográfica de uma escritora que tenta encontrar e desvendar a sua própria história nas histórias das mulheres anónimas que povoam o nosso imaginário. Susana Moreira Marques viaja pelas aldeias ruidosas do passado e as aldeias-museu do presente; passa por hotéis modernos aonde já chegou o progresso de ter um quarto só para si; encontra mulheres que ainda vivem no silêncio de antigamente; procura registar velhas memórias e fazer perguntas que sejam úteis hoje: começa a desenhar as mulheres do país do futuro.

Seminário Maior de Coimbra
Entrada livre sujeita à lotação da sala

Susana Moreira Marques é autora dos livros de não-ficção literária Agora e na hora da nossa morte (traduzido para inglês, francês e espanhol) e Quanto tempo tem um dia. O seu trabalho tem sido publicado em revistas como Granta, Tin House e Literary Hub, e em meios de comunicação como Público, Antena 1, Jornal de Negócios, BBC World Service e Mensagem. Também escreve para televisão e cinema, mais recentemente para o documentário Um nome para o que sou (2022), de Marta Pessoa. Vive em Lisboa com as duas filhas.

João Gobern nasceu em Agosto de 1960, na clássica Maternidade Alfredo da Costa. Viveu em Campo de Ourique – a que regressaria adulto – até ao êxodo familiar rumo aos Estoris. Cresceu com vista para o mar e com espaço aberto para futebóis e coboiadas. Estudou Direito até ao momento em que os jornais falaram mais alto. Começou no jornal A Capital, mudou-se para o Se7e, assentou praça no Correio da Manhã Rádio. Retornou ao vesperLno antes do desafio de O Independente. Foi director do Se7e (1991-1994), transitando para a Visão. Preparou o lançamento da Focus, onde foi director-adjunto. Dirigiu a TV Guia. Foi o director fundador da revista Sábado. Colaborou na Música & Som, em O Ponto,
em O Jornal, no Semanário, na revista Bravo, no Blitz, no DNA (Diário de NoZcias), no Diário Económico, na Máxima, na Vogue, no Record, no Correio da Manhã e no Diário de NoZcias. Escreveu ficção para a revista do i. Escreve, sempre que pode, nas revistas Visão História e Máxima, bem como no suplemento Must (do Jornal de Negócios). Na rádio, passou também pela Rádio Marginal, pela RFM, pela Rádio Comercial, pela TSF e pela Rádio Energia. Na televisão, colaborou no Vivámúsica e em Teledependentes, escreveu guiões para programas especiais, como a emissão de despedida dos estúdios do Lumiar, sempre na RTP. Na Antena 1, realizou, em parceria com Pedro Rolo Duarte, o programa Hotel Babilónia, e assinou uma crónica diária, Pano Para Mangas (que deu origem a um livro). Actualmente, divide com Margarida Pinto Correia a responsabilidade pelo programa Encontros Imediatos e, a solo, Bairro La]no. Integra, desde a época futebolísLca 2012/2013, o painel de comentadores do Trio d’Ataque (RTP3). Publicou em 2016 o livro Quando A TV Parava o País, que se seguiu a Pano Para Mangas, em 2014, e Boca Doce, em 2006. Tem mais livros em carteira… e a caminho. Tenta aproveitar a qualidade de vida da Póvoa de Varzim, outra vez com vista para o mar.

CINEMA
15 de Abril Sábado 15h00 *
Um nome para o que sou
de Marta Pessoa

*no final da sessão conversa com o público na presença da realizadora e da argumentista

Entre 1947 e 1949, a escritora Maria Lamas percorreu o país para dar a conhecer a realidade em que viviam as mulheres portuguesas. O resultado deste périplo foi o livro “As Mulheres do Meu País”. Passados mais de 70 anos, a realizadora Marta Pessoa e a escritora Susana Moreira Marques procuram compreender que livro é este e o que nos pode dizer hoje. UM NOME PARA O QUE SOU é um filme sobre um livro e sobre o movimento que ele opera em nós quando o lemos.

Seminário Maior de Coimbra
Entrada livre sujeita à lotação da sala

UM NOME PARA O QUE SOU é um filme sobre o livro “As Mulheres do Meu País”.
Mas o que se filma quando se filma um livro?
Setenta anos passados sobre a sua publicação, Marta Pessoa pede a Susana Moreira Marques, jornalista e escritora no Portugal dos anos 20 do séc. XXI, que se junte a ela na reflexão sobre a própria matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na actualidade.
Em 1947/49, Maria Lamas foi alguém que se implicou na história das mulheres com que se cruzou, que reportou a sua realidade, que opinou, que interpelou, que confrontou, que quis ir mais fundo. Alguém que, por vezes, se entristeceu e quase sempre se revoltou.
Em 2021, diante da câmara, Susana Moreira Marques procura colocar-se no lugar de Maria Lamas e olhar para o lugar que as mulheres ocupavam antes e ocupam hoje.
Uma escritora olha para outra escritora. Uma mulher e outra mulher. Mais de setenta anos as separam. O livro é o mesmo, na sua desmesura.
O que este documentário propõe então, enquanto gesto nlmico, é um diálogo, um jogo de olhares. Há o olhar de Maria Lamas sobre as mulheres, o olhar da escritora sobre Maria Lamas e o livro, e o olhar da realizadora (do filme) que se envolve e simultaneamente observa todo este processo. Há as imagens e as palavras, de antes e de hoje.

Marta Pessoa (n.1974) é licenciada em Cinema (ESTC/IPL) e tem o Mestrado em Ciências da Comunicação (FCSH/UN). Realizou, entre outros filmes, as curtas-metragens Dia de Feira (2004), Alguém Olhará Por Ti (2005), Manual do SenLmento DomésLco (2007), Bolor Negro (2015), os documentários Lisboa Domiciliária (2009), Quem Vai à Guerra (2011) e O Medo à Espreita (2015) e a longa-metragem de ficção Donzela Guerreira (2020).
Em 2013, formou a produtora Três Vinténs juntamente com Rita Palma e João Pinto Nogueira.

Susana Moreira Marques (n. 1976) é autora dos livros de não-ficção literária Agora e na hora da nossa morte (traduzido para inglês, francês e espanhol) e Quanto tempo tem um dia. O seu trabalho tem sido publicado em revistas como Granta, Tin House e Literary Hub, e em meios de comunicação como Público, Antena 1, Jornal de Negócios, BBC World Service e Mensagem. Também escreve para televisão e cinema, mais recentemente para o documentário Um nome para o que sou (2022), de Marta Pessoa. Vive em Lisboa com as duas filhas.

FICHA TÉCNICA
TÍTULO PORTUGUÊS: UM NOME PARA O QUE SOU
TÍTULO INGLÊS: A NAME FOR WHAT I AM
2022, Portugal, DOC, Cor, 116’
REALIZAÇÃO E IMAGEM: Marta Pessoa
TEXTO E NARRAÇÃO: Susana Moreira Marques
SOM E MONTAGEM: Rita Palma
MONTAGEM DE SOM E MISTURAS: Miguel Lima
CORRECÇÃO DE COR: Aurélio Vasques
PRODUTORES: Rita Palma, Marta Pessoa e João Pinto Nogueira PRODUÇÃO: TRÊS VINTÉNS

“Comprei uma máquina fotográfica muito rudimentar. Tinha a minha máquina de escrever. Passei dois anos a viajar. O meu sistema de trabalho era este: Lnha um mapa de Portugal dividido por regiões. Comecei pelo Norte. ParLa, estava duas, três semanas, o que era preciso. Andei de comboio, de camionete, de carro de bois, de burro, a pé… Eu recolhia os elementos e vinha a Lisboa. Descansava da viagem, que aquilo era muito violento! Estava em Lisboa o tempo indispensável para escrever, coligir, todos os apontamentos que eu trazia. E parLa imediatamente. E assim foi de Norte a Sul. (…) Foram os dois anos mais ricos, interiormente, da minha vida. E as minhas forças parecia que eram inesgotáveis. Eu era mais nova, muito nova ainda… RelaLvamente, Lnha mais de 50 anos, mas também foram dois anos que marcaram a minha vida.”
Maria Lamas em entrevista radiofónica, 1975

Ao lançar-se na escrita de “As Mulheres do Meu País”, Maria Lamas queria dar a conhecer a verdadeira situação das mulheres em Portugal. O livro é um gesto políLco.
Maria Lamas foi uma “antropóloga empírica”, cujo critério foi o de olhar e considerar a realidade que se apresentava a parLr de si mesma, de quem era.
O livro foi escrito entre 1947 e 1950. O seu género e formato, mas sobretudo a sua dimensão e o tema, tornam-no um caso raro, senão único, entre as publicações da época. Também o facto de ter sido um projecto pessoal da sua autora, que tomou em mãos não só a escrita em si, mas também o processo de publicação e venda, o destacam do panorama que o enquadra.
Para a sua publicação, a escritora consLtuiu a empresa “Actuális, Lda” em sociedade com Manuel Fróis de Figueiredo e a filha deste, Orquídea, em Lisboa.
A obra começou por ser publicada em 15 fascículos mensais de 32 páginas. O primeiro foi publicado em

Maio de 1948 e o úlLmo em Abril de 1950.
O volume final, de 471 páginas, foi vendido em assinaturas e pago antecipadamente para custear a edição e despesas de Maria Lamas durante o processo de escrita. O livro-álbum completo, uma edição de luxo, foi publicado em Maio de 1950. A única reedição do livro foi feita em 2002 pela Editorial Caminho. A edição está hoje esgotada.

Maria Lamas, escritora, ensaísta, jornalista, nasce em 1893, em Torres Novas.
Casa jovem, em 1911, e acompanha o marido a Angola. Divorcia-se em 1919 e volta a casar,
mas a união dura pouco. Têm três filhas a seu cargo. Foi uma das primeiras mulheres jornalistas profissionais. Em 1929, entra para o jornal “O Século”, onde dirige o suplemento feminino Modas & Bordados.
Em 1945, é eleita para a presidência do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e, em 1947, organiza a exposição “Livros Escritos por Mulheres”, que será a gota de água numa série de “provocações” ao regime ditatorial. No espaço de poucos meses é forçada a deixar a direcção do Modas & Bordados e o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas é encerrado. Aos 53 anos, desempregada e sem meios de subsistência, decide escrever “As Mulheres do Meu País”, com a ambição de dar a conhecer a verdadeira condição da mulher portuguesa.
Em 1949, faz parte da Candidatura do General Norton de Matos e da Comissão Central do
MND. É presa pela PIDE, pela primeira vez, em 1950. Viverá entre a prisão e viagens/exílios, numa crescente acLvidade políLca. Em 1962, parte para Paris, para um exílio que se prolongará até Dezembro de 1969. Regressada a Portugal, aos 76 anos, é recebida com grande entusiasmo e reconhecimento pelo seu trabalho de oposição à ditadura. Morre em 1983, aos 90 anos.

CONVERSA
20 de Abril Quinta 18h00
O Conto da Couve, Fios de Luz e de Sombra com Olga Cavaleiro

Pelas viagens que realiza, Olga Cavaleiro descobriu um Portugal Gastronómico pleno de pronúncias alimentares onde a mesa tem as marcas da geografia e é ponto de chegada de uma história da fome e da abundância. Fascinada pelas diferenças das cozinhas regionais, vai ao encontro das singularidades que constroem linhas invisíveis que atravessam o território do nosso Portugal.
A criaLvidade e a inovação na cozinha apresentam-se como momentos naturais na longa aventura alimentar das comunidades. InvesLgar dá-nos as respostas e ajuda-nos a preparar o futuro.
Uma conversa, uma viagem e, no fim do desLno, um conto que se come e se saboreia.
Museu Nacional de Machado de Castro
Entrada livre sujeita à lotação da sala

Em viagem, descubro o Portugal Gastronómico
A sociologia ensinou-me que era possível descobrir o mundo através da minha janela. Aprendi a olhar os outros pelo que eles me diziam e não pelo que eu pensava. Pelas viagens descobri um Portugal Gastronómico pleno de pronúncias alimentares onde a mesa tem as marcas da geografia e é ponto de chegada de uma história da fome e da abundância. Fascinada pelas diferenças das cozinhas regionais, quero ir ao encontro das singularidades que constroem linhas invisíveis que atravessam o território do nosso Portugal.

As Mãos por detrás das receitas
Ouvir as pessoas dá-nos o entendimento perfeito sobre a forma como as comunidades organizavam o seu calendário alimentar. Da geografia à cultura, a alimentação sustém-se de práLcas agrícolas e de transformação onde o sabor sempre foi o mote para a transformação dos produtos. A criaLvidade e a inovação na cozinha apresentam-se como momentos naturais na longa aventura alimentar das comunidades. InvesLgar dá-nos as respostas e ajuda-nos a preparar o futuro.

Adoro dar aulas
Formadora em várias escolas de Hotelaria e Turismo descubro o prazer de contar as histórias entrelaçadas da cozinha portuguesa. Da geografia à história, a gastronomia como uma paixão a parLr de uma sala de aula.
Em Tentúgal, tenho o meu chão
A doçaria de Tentúgal acompanha-me desde que nasci é o berço do meu sabor. Por isso, preservo a sua história como uma marca de família e da comunidade a que pertenço.

Viver #semanualdeinstruções
Viver na liberdade da expectaLva, no entusiasmo da descoberta, no seguir o rio curva após curva, no pôr-de-sol que se esconde para além do planalto. Viver segundo a emoção. Viver #semanualdeinstruções.

Olga Cavaleiro nasceu em 1971 em Tentúgal, Montemor-o-Velho. É licenciada em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Em 1996 concluiu o Curso de Pós- Graduação em Direito da Comunicação na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e em 2018 o Mestrado Alimentação, Fontes, Cultura e Sociedade da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com a nota final de 19 valores pelo trabalho: Portugal Gastronómico: a gastronomia portuguesa e as cozinhas regionais.

Em 2019, foi convidada para elaborar a Carta Gastronómica das Aldeias Históricas de Portugal, tarefa que concluiu em Junho de 2020. Neste contexto, fez um amplo trabalho de campo que permiLu a inventariação do receituário local e o mapeamento dos mesmos. No ano de 2020, a convite das Edições do Gosto, realizou um trabalho de invesLgação sobre as Ostras e Bivalves da Ria de Aveiro. Em 2021, iniciou a elaboração da Carta Gastronómica dos concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua, Tondela, Carregal do Sal e Águeda, tarefa que se encontra em concreLzação. Recentemente realizou a Carta de Segredos Gastronómicos da Região Dão Lafões onde explorou as práLcas seculares associadas ao receituário das comunidades de V. N. de Paiva, Viseu, S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades.

Responsável pelas áreas da história e cultura da gastronomia portuguesa em várias escolas de Hotelaria e Turismo da Rede Turismo Portugal, dá aulas em Lamego, Porto e Coimbra. Em 2019, é convidada para lecionar no Mestrado em Ciências Gastronómicas, curso que resulta da parceria entre o InsLtuto Politécnico do Porto e a Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação. Ainda em 2019, foi convidada para lecionar a UC Cultura e Gastronomia no âmbito da Pós-Graduação em Enoturismo e Sommelier na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Porto.

Em 2007 dirige o complexo processo de qualificação do Pastel de Tentúgal IGP enquanto presidente da Associação de Pasteleiros de Tentúgal. É nesse ano que funda com dois amigos a Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal e, em 2012, se candidata à presidência da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas. Dos seus mandatos é realçar a insLtucionalização do Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa e a construção do site tradicional.pt em colaboração com a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR).

INSTALAÇÃO/CONVERSA
AS PENÉLOPES
21 de Abril Sexta

O livro AS PENÉLOPES reúne textos literários originais de um conjunto de doze autoras desafiadas a escrever a parLr da figura de Penélope e do património da comunidade piscatória da Póvoa de Varzim, para fazer uma homenagem ao Feminino. O projeto arasLco colaboraLvo do Bairro dos Livros faz dialogar a Literatura com a arte do Bordado, numa instalação contemporânea criada com camisolas poveiras que interpretam as várias histórias publicadas nesta edição. O bordado usado na instalação AS PENÉLOPES, executado pelas tricotadeiras do Grupo de Amigos do Museu de Etnografia e História da Póvoa do Varzim, conjuga os tradicionais símbolos do padrão apico da Póvoa de Varzim com imagens reLradas dos textos originais escritos para esta obra.
O projeto mereceu a disUnção internacional European Heritage Days, tendo sido selecionado em 2022 como uma das vinte melhores história europeias.

Museu da Ciência
18h00 Inauguração seguida de conversa com as autoras do projecto e escritoras convidadas.
Até 28 de Maio
09H00 – 13H00 | 14H00 – 17H00 Segunda a Domingo
Entrada livre

RECITAL
22 de Abril Sábado 17h00
NATÁLIA, MULHER CORAGEM
com Helena Faria e Teresa Faria

“Os meus heróis na vida real são os que desafiam a lei em nome de um ideal”.
Em ano de centenário, o evento recorda Natália Correia. Personalidade singular da história contemporânea, destacou-se na sociedade portuguesa pela sua inteligência, fulgor criaLvo e aLtude combaLva. Destemida, indomável, dramáLca, inquieta (e inquietante!), sedutora, corajosa, subversiva. Evidenciou-se na literatura, na poesia e na acção políLca. Neste recital, pelas vozes das actrizes Helena Faria e Teresa Faria, será dado palco às suas palavras, à sua prosa e à sua poesia. Trinta anos depois do seu desaparecimento, a recordação de Natália Correia, para quem a morte, “é só invisibilidade”. Viva Natália!

Casa da Escrita
Entrada livre sujeita à lotação da sala

Através, sobretudo, da poesia de Natália, das suas palavras, apropriando-nos, quiçá, da sua voz, faremos uma incursão por espaços temáLcos do seu interesse e da sua vida. Como ela se vê, como encara a língua mater, a natureza, a condição humana, a militância políLca, a dor, a alegria, o amor, o humor, a vida e a morte. A fúria com que ela encara o touro da vida!
Com Natália, seguimos uma linha, por vezes clara e luminosa, porque evidente, por vezes labirínLca levando ao mais recôndito âmago dos deuses guardiães da sua alma!
Mulher da ilha. Contudo a linha do horizonte oceânico do seu ser permaneceu sempre límpida, acima de quaisquer névoas do quoLdiano.
A música é o seu caminho e a sua respiração.
Com eèe espeêáculo procuramos aceder a uma paisagem ëamada Natália. Abrir as portas à mulher e à obra, sem filtros nem lápis azul.

Helena Faria é actriz, narradora, educadora. Iniciou o seu percurso teatral no teatro universitário em Coimbra no CITAC. Licenciada em Teatro pela Universidade de Évora. Especialista em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Estagiou na École InternaLonale de Théatre Jacques Lecoq com orientação do mestre Jacques
Lecoq. Mestre em Análise Textual e Literatura InfanLl pela Universidade do Minho. Trabalhou e aprendeu com Mário Barradas, José Carretas, Jacques Lecoq, Norman Taylor, Paulo Coimbra, João Maria André, Marcia Haufrecht, Vvoitek, Regina Goerger, Antón Valen, Eugénio Barba, Anatoli Vassiliev, Daniel Simon, José Barata, José Geraldo, Pierre Voltz, Richard Schechner, entre outros. Foi co-fundadora de Teatrão, Efémero e Camaleão. Trabalhou como actriz, dramaturga e encenadora em várias companhias de teatro da região Centro (Teatrão, Teatro das Beiras, Efémero, Camaleão) e em projectos pontuais em Lisboa, Porto e Coimbra.
Dedicou parte da sua carreira à mediação e promoção do livro e da leitura, principalmente através da narração oral, tendo parLcipado em FesLvais internacionais em Portugal, Espanha, Brasil e ArgenLna.
Nos úlLmos anos tem integrado equipas de serviços educaLvos em estruturas de mediação de cultura cienafica e patrimonial.

Teresa Faria é profissional das artes do espectáculo desde 1983. Actriz, dramaturga, professora de Teatro e encenadora. Mestre em Artes Cénicas pela FCSH da UN, diplomada em Estudos de Teatro pela FLUL, formadora creditada pela Universidade do Minho e invesLgadora do CET da FLUL. Formação arasLca na Fundação Calouste Gulbenkian, com Marcia Haufrecht, Sygmont Molik, Polina Klimoviskaia, H. Sonenkler, Eugenio Barba, Ferrucio Solleri, entre outros.
Tem trabalhado com várias Companhias, Produtoras e Encenadores, tais como Ricardo Neves- Neves, João Mota, Natália Luiza, Beatriz Batarda, Fernanda Lapa, Cucha Carvalheiro, Almeno Gonçalves, CrisLna Carvalhal, José Carretas, Fernando Gomes, Paula Sousa, Helder Costa, Céu Guerra, Mário Barradas, entre outros. Mais recentemente, protagonizou o monólogo Kiki van Beethoven (Teatro Meridional, 2019).

Enquanto encenadora e dramaturga realça O meu irmão: Théo e Vincent Van Gogh, no São Luiz Teatro Municipal (Co-produção com Margarida Mendes Silva) e O Menino e o Mar no Teatroesfera, Contos e poemas de Natal, no TNDMII. Em Cinema e Televisão, destaca “Les Grandes Ondes” (Lionel Baier), O crime do Padre Amaro (Leonel Vieira), Vento Norte (João Cayate), Zeus (Paulo Filipe Monteiro), Conta-me como foi (Jorge Queiroga e Sérgio Graciano) e Alice (Marco MarLns).
Na poesia, tem colaborado em vários projectos e jornadas comemoraLvas, como por exemplo, a Homenagem a Humberto Delgado, no Panteão Nacional.
Foi co-fundadora e directora de A Bonifrates e do Teatroesfera, co-parLcipando na criação do Teatro Sousa Bastos e do Espaço Teatroesfera.
Representou Portugal, com o espetáculo “Uma Família Portuguesa”, do Teatro Aberto, na Capital Europeia da Cultura, em Turku, na Finlândia, em 2011.

TEATRO
27 de Abril Quinta 18h00 Coragem Hoje, Abraços Amanhã
com Joana Brandão

Coragem Hoje, Abraços Amanhã parte de testemunhos reais, cartas e memórias de mulheres que estiveram presas pela PIDE durante o período do Estado Novo, expondo o lado pessoal de vivências desumanas experienciadas por aquelas mulheres. Para que a memória permaneça.
Convento São Francisco | Black Box
Preço único: 10,00 €
Contacto e reservas: bilheteira do Convento São Francisco diariamente entre as 15h00 e as 20h00 | 239 857 191 ou bilheteira@coimbraconvento.pt

Mulheres que sofreram a tortura do sono, da estátua, mas sobretudo a tortura de serem privadas da sua liberdade. Mulheres que eram avós, mães, filhas, esposas, namoradas, amantes, companheiras, camaradas. Mulheres que não são figuras históricas dentro de um livro empoeirado, mas que exisLram realmente, algumas que ainda se cruzam connosco na rua e guardam duras memórias no coração.
Coragem Hoje, Abraços Amanhã é um testemunho composto a parLr de entrevistas realizadas em discurso direto, que expõe o lado pessoal de vivências desumanas experienciadas por essas mulheres. Para que a memória permaneça.

Direcção artística, dramaturgia, encenação e interpretação: Joana Brandão; Assistência de encenação: Elsa Galvão e Maria João Abreu; Consultoria: Irene Pimentel; Desenho de Luz: Paulo Santos; Iluminação: João Lopes; SonoplasUa: João Bucho; Cenografia: Joana Brandão; Figurino: Maria Gonzaga; Apoio: João Lopes (Iluminação), Maria Gonzaga (Guarda Roupa).

João Brandão, actriz e encenadora de formação, tem trabalhado com encenadores. Recebeu o Prémio Autores (2016) de “Melhor Actriz”, na categoria “Teatro”, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), pelo espectáculo “Constelações” de Nick Payne, encenação de João Lourenço, Teatro Aberto.